As 10 pragas do Egito, ou os 10 deuses do Egito?
Posted by Sara Kelly em 23/10/2017
Com o intuito principal de deixar Israel sair livre da escravidão egípcia, Moisés anunciou a Faraó o que DEUS faria caso Faraó não os deixassem saírem livremente: viria a primeira consequência dessa recusa, a qual a Bíblia chama de praga.
Os egípcios eram politeístas e tinham deuses diversos, cada qual com uma ou mais designação.
Após 4 séculos na terra do Egito, muitos filhos de Israel já haviam esquecido, ou nem mais acreditavam, no DEUS de Abraão, Isaque e Jacó. Muitos israelitas já haviam aprendido a adorar os deuses de pedra e barro.
Como agora, seriam libertos por um DEUS que haviam esquecido? Um DEUS em que não mais acreditavam? Ou, pior ainda: um DEUS que não conheciam? DEUS precisava se fazer conhecer. Precisava libertar o Seu povo, e mostrar a todos os povos, quem realmente É DEUS entre os homens.
Por isso, a cada negativa de Faraó, uma praga humilhava e vencia os deuses de pedra e madeira que conheciam e adoravam.
Segue agora a lista das 10 pragas que sobrevieram ao Egito, por ocasião da libertação do povo hebreu, cada uma das dez pragas foi dolorosamente literal e dirigida contra algum aspecto da religião falsa.
- 1°- Praga das águas tornando-se em SANGUE
14 Então o Senhor Deus disse a Moisés:
— O rei está teimando e não quer deixar o povo sair do Egito. 15 Vá procurá-lo amanhã cedo, quando ele for até o rio Nilo. Pegue o bastão que virou cobra e espere o rei na beira do rio. 16 E diga-lhe o seguinte: “O Senhor, o Deus dos hebreus, me mandou dizer-lhe que deixasse o povo dele ir embora para adorá-lo no deserto. Porém até agora o senhor não obedeceu à ordem de Deus. 17 Portanto, Deus lhe diz que, por causa daquilo que ele vai fazer agora, o senhor vai saber que ele é Deus, o Senhor. Ó rei, agora eu vou bater na água do rio com este bastão que estou segurando, e a água vai virar sangue. 18 Os peixes que estão no rio vão morrer, e o rio vai cheirar tão mal, que os egípcios terão nojo de beber água dele.”
19 E o Senhor disse também a Moisés:
— Diga a Arão que pegue o bastão e estenda a mão sobre os rios, os canais, os poços e os reservatórios, para que as suas águas virem sangue. Assim, haverá sangue até nas tigelas de madeira e nas jarras de pedra.
20 Moisés e Arão fizeram como o Senhor havia mandado. Na frente do rei e dos seus funcionários, Arão levantou o bastão e bateu no rio, e a água virou sangue. 21 Os peixes morreram, e o rio cheirou tão mal, que os egípcios não podiam beber água dele. E em todo o Egito houve sangue. 22 Porém, com as suas artes, os mágicos do Egito fizeram a mesma coisa. E assim o rei continuou teimando. Como o Senhor tinha dito, ele não atendeu o pedido de Moisés e Arão. 23 Pelo contrário, ele voltou para o seu palácio, sem se preocupar com o que havia acontecido. 24 Todos os egípcios cavaram buracos na beira do rio para beber água limpa, pois não podiam beber da água do rio.
25 E passaram sete dias, depois que o Senhor Deus bateu nas águas do rio.
(Êxodo 7:14-25 NTLH)
Esta primeira praga desonrou e desmascarou o deus-Nilo, personificação de Hapi.
Tido como a personificação do Nilo, era adorado por dar a água que fornecia o alimento e fazia o Egito florescer. Há uma dúvida se Hapi é um deus ou deusa, pois tem barba e também seios. Muitos acreditam na androginia de Hapi.
Porém segundo o professor e egiptólogo Claude Traunecker, Hapi é homem. Conforme o estudioso, “seus impressionantes peitos são de um homem obeso”.
A morte dos peixes no Nilo foi também um golpe contra a religião do Egito, pois certas espécies de peixes eram realmente veneradas e até mesmo mumificadas.
Em Esna, a pá dos arqueólogos descobriram múmias de peixes do gênero Latus niloticus, chamados pelos egípcios de aha. São animais azulados que podem atingir quase dois metros de comprimento. O processo de mumificação consistia em injetar carbonato de sódio e untar todo o corpo do bicho com uma mistura de lodo e sal.
Alguns peixes eram sagrados em determinadas localidades e não podiam ser ingeridos, enquanto que em outros locais podiam ser comidos livremente. Entretanto, o faraó e os sacerdotes não podiam comer peixe, identificado com o malévolo deus Seth, e nas cerimônias religiosas esse animal era considerado impuro.
O historiador grego Plutarco (c. 50 a 125 d.C.) nos conta que no 1.º mês do ano egípcio, chamado de thuthi, no 9.º dia, correspondente ao 27 de julho do nosso calendário, todos comiam, na porta de suas casas, um pescado assado. Os sacerdotes, porém, não o provavam e deixavam que seus peixes fossem inteiramente consumidos pelo fogo diante de suas moradias.
Nebeth-Het / Neftis, deusa dos rios também foi desmascarada.
Hapi, o deus egípcio foi desmascarado pelo DEUS dos hebreus, como um deus que não era poderoso, que nada podia fazer para tornar as águas limpas novamente.
Não temos como negar esse fato dizendo ser mito. Até mesmo os egiptólogos não religiosos estão convencidos destas dez ocorrências sobre o Egito.
Com esta primeira praga, Deus se fez conhecer entre os egípcios, hebreus, e demais povos da região como o DEUS vivo.
- 2°- Invasão das RÃS;
1 Depois o Senhor Deus disse a Moisés:
— Vá falar com o rei e diga que o Senhor está dizendo a ele o seguinte: “Deixe que o meu povo saia do país a fim de me adorar. 2 Se você não deixar, eu castigarei o seu país, cobrindo-o de rãs. 3 O rio Nilo ficará cheio de rãs, e elas sairão dele e entrarão no palácio do rei, no seu quarto, na sua cama, nas casas dos seus funcionários e do seu povo e até dentro dos fornos e das bacias de amassar pão. 4 As rãs pularão em cima de você, do seu povo e de todos os seus funcionários.”
5 O Senhor Deus disse ainda a Moisés:
— Diga a Arão que estenda o bastão sobre os rios, os canais e os poços e faça com que as rãs saiam das águas e cubram a terra do Egito.
6 Aí Arão estendeu a mão sobre as águas do Egito, e as rãs saíram das águas e cobriram todo o país. 7 Porém os mágicos, com as suas artes, fizeram a mesma coisa; eles também trouxeram rãs sobre a terra do Egito.
8 Então o rei mandou chamar Moisés e Arão e lhes disse:
— Peçam ao Senhor Deus que livre a mim e o meu povo dessas rãs, e eu deixarei que o seu povo vá e ofereça sacrifícios a ele.
9 Moisés respondeu:
— Terei muito prazer em levar o seu pedido. Diga quando é que o senhor quer que eu peça a Deus em seu favor, em favor dos seus funcionários e do seu povo, para que as rãs sumam do seu palácio e das casas e fiquem somente no rio.
10 O rei respondeu:
— Orem por mim amanhã.
E Moisés disse:
— Ó rei, vou fazer como pediu, e assim o senhor ficará sabendo que não há outro deus como o Senhor, nosso Deus. 11 O senhor, os seus funcionários e o seu povo ficarão livres das rãs; só no rio Nilo é que haverá rãs.
12 Moisés e Arão saíram do palácio do rei. Depois Moisés pediu ao Senhor Deus que retirasse as rãs que ele havia mandado contra o rei. 13 E o Senhor atendeu o seu pedido: as rãs que estavam nas casas, nos quintais e nos campos morreram. 14 Os egípcios fizeram muitos montes de rãs, e um cheiro horrível se espalhou pelo país inteiro. 15 Quando o rei viu que as rãs tinham morrido, continuou teimando, como o Senhor tinha dito, e não atendeu o pedido de Moisés e Arão.
(Êxodo 8:1-15 NTLH)
Embora o principal propósito desta praga fosse punir os opressores de Israel, também atrairia desprezo por seus muitos deuses pagãos.
Quando a cheia do Nilo ia embora, deixava um solo fértil, pantanoso, úmido e cheio de rãs, rãs de uma tonalidade verde escura, e como eram milhares, o povo associou a sua presença a fertilidade. Muitos amuletos em forma de um sapo eram utilizados por egípcias que queriam dar proteção a seus bebês.
Uma de suas deusas chamava-se Heqet, e era associada a imagem dessas rãs, tendo corpo feminino e cabeça de rã, se supunha ter poder criador.
Com o anúncio de que Deus encheria o Egito com as rãs, mais um deus (deusa Heqet) mostrou sua inoperança em manter o equilíbrio cósmico. Com rãs por todos os lados ficou parecendo à muitos, que a deusa era maligna, atormentando o povo que lhe era devoto.
Faraó pediu a Moisés intervir perante Deus para acabar com a praga.
As rãs sagradas, não foram embora apenas, mas morreram todas. E a deusa Heqet não foi capaz de impedir.
- 3°- Pó da terra tornando-se em PIOLHOS
16 O Senhor Deus disse a Moisés:
— Diga a Arão que bata na terra com o bastão para que em todo o Egito o pó vire piolhos.
17 E Arão bateu na terra com o bastão, e todo o pó do Egito virou piolhos, que cobriram as pessoas e os animais. 18 Os mágicos tentaram fazer aparecer piolhos, mas não conseguiram. E as pessoas e os animais continuaram cobertos de piolhos. 19 Então os mágicos disseram ao rei:
— Foi Deus quem fez isso!
Mas o rei continuou teimando, como o Senhor tinha dito, e não atendeu o pedido de Moisés e Arão.
(Êxodo 8:16-19 NTLH)
Thoth, era o deus a que se atribuía a sabedoria, magia e as práticas secretas. Se tinha algum deus capaz de fazer o mesmo que Moisés havia feito, – transformar o pó da terra em piolhos – devia ser este. Mas os sacerdotes de Thoth não conseguiram.
Thoth, segundo o egiptólogo Claude Traunecker, é representado como um homem com a cabeça de íbis. As pás dos arqueólogos geralmente encontram Thoth segurando um Ankh em uma das mãos e com uma lua sobre a cabeça. Este deus teria sido o escritor do Livro dos Mortos, um conjunto de textos que ficavam junto dos sepultados como uma espécie de manual para ajudar os novos mortos nesse novo mundo.
Esse deus tem 3 variações conhecidas, Thoth para os egípcios; Hermes para os gregos e Mercúrio para os romanos. Isso deve ter decorrido devido ao sincretismo entre estes povos.
Outro desmoralizado com esta terceira praga foi Geb, o deus da terra com cabeça de serpente. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade no túmulo.
Sempre deitado sob a curva do corpo de sua mulher, Nut, ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas.
Deus tendo pego a terra, e transformado-a em piolhos/mosquitos, demonstrou a todos que sua força e poder passou por cima do deus egípcio da terra.
Segundo o CBA, Kinnam, deriva provavelmente da palavra egípcia chenemes, que significa “pernilongo” ou “mosquito”.
A tradução “piolhos” segue a opinião do historiador judeu Flávio Josefo e dos escritores talmúdicos, mas não tem base linguística. Os mosquitos egípcios, de tão pequenos, eram quase invisíveis a olho nu, mas tinham um ferrão, que de acordo com Filo e Orígenes, causavam uma irritação extremamente dolorosa na pele.
Mais dois deuses do panteão de deuses egípcios não conseguiram vencer o Deus verdadeiro. Não conseguiram sequer imitar a praga, quanto mais acabar com ela.
Era DEUS ensinando aos homens, quem realmente é DEUS sobre a terra.
- 4°- Enxame de MOSCAS
20 O Senhor Deus disse a Moisés:
— Amanhã cedo, quando o rei for até a beira do rio, vá falar com ele e diga-lhe que eu, o Senhor, digo o seguinte: “Deixe que o meu povo saia do país a fim de me adorar. 21 Se você não deixar, eu mandarei moscas para castigar você, os seus funcionários e o seu povo. As casas dos egípcios ficarão cheias de moscas, e o chão ficará coberto com elas. 22 Mas naquele dia separarei a região de Gosém, onde mora o meu povo, para que ali não haja moscas. Assim, você ficará sabendo que eu, o Senhor, estou aqui neste país. 23 Farei diferença entre o meu povo e o seu povo. Este milagre vai acontecer amanhã.”
24 Assim fez Deus, o Senhor, e entraram grandes enxames de moscas no palácio do rei e nas casas dos seus funcionários. E, por causa das moscas, houve muito prejuízo no Egito inteiro.
25 Então o rei chamou Moisés e Arão e disse:
— Vão oferecer sacrifícios ao seu Deus, porém façam isso aqui mesmo, no Egito.
26 Moisés respondeu:
— Isso não daria certo, pois os animais que oferecemos em sacrifício ao Senhor, nosso Deus, são sagrados para os egípcios. Se eles virem a gente matar os animais que eles adoram, com certeza nos matarão a pedradas. 27 Nós temos de caminhar três dias pelo deserto até chegarmos ao lugar onde vamos oferecer sacrifícios ao Senhor, nosso Deus, como ele mesmo nos ordenou.
28 Então o rei disse:
— Se vocês não forem muito longe, eu os deixarei ir ao deserto oferecer sacrifícios ao Senhor, seu Deus. Orem também por mim.
29 Moisés respondeu:
— Logo que eu sair daqui, vou orar a Deus para que estes enxames de moscas deixem o senhor, os seus funcionários e o seu povo. Mas o senhor não deve nos enganar outra vez, proibindo que o povo vá oferecer sacrifícios a Deus, o Senhor.
30 Então Moisés saiu do palácio e orou a Deus, o Senhor. 31 O Senhor fez o que Moisés havia pedido: ele fez com que as moscas deixassem o rei, os seus funcionários e o seu povo. Não ficou uma só mosca. 32 Mas ainda dessa vez o rei continuou teimando e não deixou o povo ir.
(Êxodo 8:20-32 NTLH)
A linha de demarcação entre os egípcios e os adoradores do verdadeiro DEUS veio a ficar nitidamente traçada nesta quarta praga em diante. Faraó continuava sendo avisado, mas a terra de Gósen (um distrito de cerca de 1500m² com duas cidades principais: Ramssés e Pitom) não mais seria atingida.
Deus egípcio algum pôde impedi-la:
Nem Amon, o deus criador;
Nem Thoth, senhor da magia;
Nem Serket Heru / Selkis, ou Aset / Ísis, deusas da magia;
Nem mesmo Shu, o deus protetor do ar.
Todos humilhados e derrotados por YAHWEH.
Os egípcios, que estudavam o curso dos eventos durante essas semanas ou meses fatídicos, devem ter reconhecido a autoridade suprema do Deus de Israel sobre o Egito, bem como sobre os próprios hebreus.
- 5°- Peste causando a MORTE NO GADO
1 O Senhor Deus disse a Moisés:
— Vá falar com o rei e diga que o Senhor, o Deus dos hebreus, diz o seguinte: “Deixe que o meu povo saia do país a fim de me adorar. 2 Pois, se você não deixar e continuar impedindo que ele vá, 3 eu o castigarei com uma doença horrível, que atacará todos os seus animais, isto é, os cavalos, os jumentos, os camelos, o gado, as ovelhas e as cabras. 4 Farei diferença entre os animais dos israelitas e os dos egípcios, e não morrerá nenhum animal dos israelitas. 5 Eu, o Senhor, marquei um prazo: farei isso amanhã.”
6 No dia seguinte o Senhor fez como tinha dito, e todos os animais dos egípcios morreram; porém não morreu nenhum dos animais dos israelitas. 7 O rei mandou ver o que havia acontecido e foi informado de que não havia morrido nenhum animal dos israelitas. Apesar disso o rei continuou teimando e não deixou o povo ir.
(Êxodo 9:1-7 NTLH)
O coração de faraó continuava obstinado, não deu ouvidos aos avisos divinos, achando-se autossuficiente.
Até então, os juízos divinos recaíram sobre os egípcios. Não sobre suas propriedades. Estas poderiam ter sofrido um pouco com as pragas anteriores, mas agora, as pragas estavam direcionadas diretamente sobre seus animais.
Os rebanhos eram a fonte principal de carne na dieta dos egípcios, além de bens essenciais, como leite, couro e lã.
Ficaria Faraó mais impressionado com uma praga que empobrecesse mais os seus súditos do que as que apenas lhe causavam algum sofrimento pessoal? Considerando isso, a mão de Deus foi sobre os rebanhos e todos os animais domésticos egípcios.
Talvez Faraó não tivesse dado muita atenção aos avisos de DEUS porque as doenças epidêmica do gado não eram muito raras no Egito, e por vezes, ceifavam a vida de vários animais.
Porém, o caráter miraculoso desta praga está no seu anúncio prévio, seu surgimento no dia marcado, na severidade e no fato de os animais hebreus não terem sido afetados conforme dito por Moisés a Faraó e pelo governante do Egito acreditar a ponto de mandar verificar os animais dos hebreus.
Esta 5ª praga afetou de forma especial a Hator (deusa-vaca, deusa celestial) e o deus touro Ápis (Hep), que era o mais venerado dos animais sagrados. Encarnava ao mesmo tempo o deus Osíris e Ptah. Em Mênfis, o culto existia desde a Iª dinastia, e em outras cidades, também era muito remoto. Simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.
Dizia a lenda que Ptáh engravidou uma vaca virgem e esta concebeu um touro preto, que tornou-se o porta-voz de Ptáh. Para entronizarem este boi, ele deveria ter certas características e ser nutrido unicamente por mulheres durante 40 dias. Aí então o animal era conduzido a Mênfis pelos sacerdotes em uma barca dourada no meio da multidão acolhedora. Ao morrer, era mumificado em um sarcófago e os rituais duravam até 60 dias.
Com a 5ª praga sobre os animais, Ápis aquele deus que simbolizava a força vital da natureza não conseguiu a libertação deles da mesma, e nem mesmo da morte; pior ainda: Ápis morreu!

WASHINGTON, DC – AUGUST 24, 2010: A bull mummy from Egypt that dates back to 500-300 B.C. in the mummy collection room at the National Museum of Natural History on August 24, 2010, in Washington, DC. The Natural History Museum is moving its mummies off display for a short time and putting them in a temporary display while the Hall of World Cultures is being re-done. (Photo by Jahi Chikwendiu/The Washington Post)
Com essa praga, Deus atacou a economia do Egito.
- 6°- Tumores que estouram em ÚLCERAS
8 Então o Senhor Deus disse a Moisés e a Arão:
— Peguem punhados de cinza de um forno, e que Moisés jogue essa cinza para o ar diante do rei do Egito. 9 Ela se espalhará como um pó fino sobre toda a terra do Egito, e em todos os lugares a cinza produzirá tumores que se abrirão em úlceras nas pessoas e nos animais.
10 Assim, Moisés e Arão pegaram cinza e ficaram de pé na frente do rei. Moisés jogou a cinza para cima, e ela produziu tumores, que viraram úlceras nas pessoas e nos animais. 11 Os mágicos não puderam aparecer diante de Moisés porque eles e todos os outros egípcios estavam cobertos de tumores. 12 Porém o Senhor Deus fez com que o rei continuasse teimando. E, como o Senhor tinha dito a Moisés, o rei não atendeu o pedido de Moisés e Arão.
(Êxodo 9:8-12 NTLH)
Eruditos dividem-se quanto ao significado da palavra hebraica para cinzas, acreditando alguns que se refira a fuligem – e que as atirassem para cima, ao ar. A natureza exata dessa doença citada, não é clara.
Mitos acreditam se tratar dos furúnculos do Nilo, que acometiam os egípcios no fim da cheia anual, causando uma coceira quase insuportável. Uma vez que isso é comum no Egito, dificilmente seria considerado sobrenatural, a menos que fosse com uma severidade sem precedentes.
Esta sexta praga, humilhou novamente Shu, deus egípcio que controlava o ar, e também a um grande homem do passado egípcio, Imhotep, o primeiro herói nacional, a quem se atribuía muitas obras: foi ele o construtor – projetista e coordenador de todos os trabalhos – da primeira pirâmide do Egito, a pirâmide escalonada de Djoser. Foi também escriba, vizir, sacerdote, arquiteto, filósofo, poeta, astrônomo e mago (a medicina e a magia eram praticadas em conjunto). Conhecido pelo nome grego de Asclépio, ou Esculápio para os romanos é considerado por muitos o verdadeiro pai da medicina. Como era africano, perdeu o título para Hipócrates. A ele também se deve o hábito de orientar rigorosamente as pirâmides para o norte. Por tudo isso, ele tem sido considerado também o gênio criador da arquitetura.
Um mero mortal que no Período Tardio lhe era já prestado um culto em uma das capelas do complexo de Saqqara, local para onde afluíam os coxos de todo o país em busca de cura. Nunca pretendeu ser deus, mas no panteão egípcio, era considerado o deus da cura.
Deus desafiou a deusa Ísis, senhora da medicina, deusa da cura e dos remédios…
Até aqui os magos egípcios estiveram presentes quando os milagres eram realizados, embora tivessem falhado algumas vezes em produzir sua contrafação.
Nesta ocasião a praga caiu sobre eles com tamanha severidade que não podiam continuar com o rei. Em vez disso, fugiram para suas casas, em busca de proteção e tratamento. Novamente houve clara distinção entre os egípcios e os hebreus. Nenhum poder mágico ou sobrenatural pôde protegê-los.
Nenhum dos deuses da saúde ou da cura livrou os egípcios da doença.
Deus mostrou que Ele tem poder sobre a saúde e a doença.
- 7°- SARAIVADA de pedras e fogo
13 O Senhor Deus disse a Moisés:
— Amanhã cedo vá se encontrar com o rei e diga-lhe que o Senhor, o Deus dos hebreus, diz o seguinte: “Deixe que o meu povo saia do país a fim de me adorar. 14 Pois desta vez eu vou fazer todas as minhas pragas caírem sobre você, sobre os seus funcionários e sobre o seu povo, para que você fique sabendo que em todo o mundo não há ninguém como eu. 15 Se eu tivesse atacado você e o seu povo com doenças, você já teria sido completamente destruído. 16 Mas estou deixando que você viva para mostrar a você o meu poder e para fazer com que o meu nome seja conhecido no mundo inteiro. 17 Você ainda continua orgulhoso e não quer deixar o meu povo ir. 18 Porém amanhã a esta hora eu vou fazer cair uma chuva de pedra tão forte como nunca houve igual em toda a história do Egito. 19 Portanto, agora mande recolher o seu gado e tudo o que você tem no campo. Se as pessoas e os animais que estiverem no campo não forem para casa, quando cair a chuva de pedra, todos eles morrerão.”
20 Alguns funcionários do rei ficaram com medo daquilo que o Senhor tinha dito e levaram os seus escravos e os seus animais para os abrigos. 21 Mas os que não deram atenção ao que o Senhor tinha dito deixaram os seus escravos e os seus animais nos campos.
22 Então o Senhor Deus disse a Moisés:
— Levante a mão para o céu, e cairá chuva de pedra em toda a terra do Egito. Cairá sobre o povo, sobre os animais e sobre todas as plantas do campo.
23 Moisés levantou o bastão para o céu, e o Senhor mandou trovões, chuva de pedra e raios sobre o país. Ele fez cair 24 uma pesada chuva de pedra sobre todo o Egito, e a chuva e os raios caíram sem parar. Essa foi a pior tempestade que o Egito já teve em toda a sua história. 25 Em todo o Egito a chuva de pedra acabou com tudo o que estava no campo, incluindo as pessoas e os animais. Destruiu todas as plantas e quebrou todas as árvores. 26 Somente na região de Gosém, onde estavam os israelitas, a chuva de pedra não caiu.
27 Então o rei mandou chamar Moisés e Arão e disse:
— Desta vez eu pequei. O Senhor Deus é justo; eu e o meu povo somos culpados. 28 Orem ao Senhor. Chega de trovões e de chuva de pedra! Eu os deixarei ir; vocês não precisam esperar mais.
29 Moisés respondeu:
— Quando sair da cidade, eu levantarei as mãos em oração a Deus, o Senhor. Os trovões vão parar, e não haverá mais chuva de pedra. Isso para que o senhor, ó rei, fique sabendo que a terra é de Deus. 30 Mas eu sei que o senhor e os seus funcionários ainda não temem a Deus, o Senhor.
31 O linho e a cevada foram destruídos, pois a cevada já estava com espigas, e o linho estava em flor. 32 Porém o trigo e o centeio não foram destruídos, pois ainda não haviam brotado.
33 Depois de ter estado com o rei, Moisés saiu da cidade e levantou as mãos em oração a Deus, o Senhor. Aí os trovões, a chuva e a chuva de pedra pararam. 34-35 Porém, quando o rei viu que tinha parado de chover e que não trovejava mais, nem caía chuva de pedra, ele tornou a pecar. Ele e os seus funcionários continuaram teimando. E, como o Senhor tinha dito por meio de Moisés, o rei não deixou que os israelitas fossem embora.
(Êxodo 9:13-35 NTLH)
Como faraó não deixava o povo de Deus sair livre do Egito, veio então a sétima praga. Ao Moisés estender a mão ao céu, caiu sobre todo o Egito, trovões, grandes pedras de granizo, e fogo (resultante dos trovões atingindo o solo, casas e tudo o mais), tudo misturado sobre a terra dos faraós, sobre homens, animais e plantas.
Somente na terra de Gósen não caiu nenhuma chuva de pedras. A tempestade de granizo por si só já é um milagre, em uma região potencialmente sem chuvas, granizo então, raramente era visto.
A forte saraivada envergonhou os deuses considerados como tendo controle sobre os elementos naturais, novamente um ataque a Ísis, deusa da água, vida, da natureza e da magia, pois o granizo matou tudo o que tocou, o deus Set, que entre outras coisas era o deus das tempestades, a deusa Nut, do céu e Osíris o deus do fogo.
Mesmo em meio ao castigo Deus mostrou misericórdia, advertindo os egípcios de seu destino iminente e avisando-lhes que protegessem a si mesmos e suas propriedades. Se o faraó e seus servos tivessem aceitado o aviso dado de maneira tão misericordiosa, a vida de homens e de animais teria sido poupada.
Mas o aviso não foi considerado, e houve grandes perdas.
- 8°- Enxame de GAFANHOTOS
1 O Senhor Deus disse a Moisés:
— Vá falar com o rei, pois eu fiz com que ele e os seus funcionários continuassem teimando, para que eu pudesse fazer esses milagres no meio deles. 2 E também para que você pudesse contar aos seus filhos e aos seus netos como eu zombei dos egípcios e quantas coisas espantosas fiz no meio deles. Assim vocês ficarão sabendo que eu sou Deus, o Senhor.
3 Moisés e Arão foram falar com o rei do Egito e lhe disseram:
— O Senhor, o Deus dos hebreus, diz isto: “Até quando você vai continuar não querendo se humilhar diante de mim? Deixe que o meu povo saia do país a fim de me adorar. 4 Se não, amanhã eu vou trazer gafanhotos para o seu país. 5 O chão não poderá mais ser visto, pois eles cobrirão a terra do Egito. Eles comerão tudo o que a chuva de pedra não destruiu e até as árvores que sobraram. 6 Eles encherão as suas casas, as casas de todos os seus funcionários e de todo o seu povo. E essa desgraça será pior do que tudo o que os seus pais e os seus antepassados já viram!”
Moisés disse isso e saiu do palácio. 7 Então os funcionários do palácio disseram ao rei:
— Até quando esse sujeito vai ser um perigo para nós? Deixe que os homens vão embora, para adorarem o Senhor, o Deus deles. Por acaso o senhor não sabe que o Egito está arrasado?
8 Aí Moisés e Arão foram levados de novo até a presença do rei, e este lhes disse:
— Vocês podem ir adorar o Senhor, seu Deus. Mas eu quero saber quem é que vai.
9 Moisés respondeu:
— Iremos todos nós, com as nossas crianças e os nossos velhos. Levaremos os nossos filhos e filhas, as nossas ovelhas e cabras e o nosso gado, pois temos de dar uma festa em honra de Deus, o Senhor.
10 Então o rei disse:
— Pois que o Senhor vá com vocês! Mas não vou deixar, de jeito nenhum, que vocês levem as suas mulheres e os seus filhos! É claro que vocês estão planejando uma revolução. 11 Não! Somente os homens podem ir adorar ao Senhor, se é isso o que vocês querem.
E Arão e Moisés foram expulsos da presença do rei.
12 Aí o Senhor Deus disse a Moisés:
— Estenda a mão sobre o Egito para que venham gafanhotos. Eles virão e comerão todas as plantas da terra, tudo o que a chuva de pedra não destruiu.
13 Moisés estendeu o bastão sobre o Egito, e o Senhor mandou do Leste um vento que soprou sobre o país o dia inteiro e a noite inteira. Quando amanheceu, o vento tinha trazido os gafanhotos. 14 Eles se espalharam sobre todo o Egito e invadiram toda aquela região em quantidades enormes, como nunca havia acontecido antes e nunca mais acontecerá. 15 Eles cobriram de tal maneira o chão, que este ficou preto. Devoraram toda a vegetação e todas as frutas das árvores que haviam sobrado da chuva de pedra. Em todo o Egito não sobrou nada verde nas árvores e nas plantas.
16 Então o rei mandou chamar imediatamente Moisés e Arão e lhes disse:
— Eu pequei contra o Senhor, seu Deus, e contra vocês. 17 Agora peço que perdoem o meu pecado ainda esta vez e que orem ao Senhor, seu Deus, para que ele tire de mim este castigo terrível.
18 Moisés saiu do palácio e orou a Deus, o Senhor. 19 Aí o Senhor fez soprar um vento oeste muito forte, que levantou os gafanhotos e os jogou no mar Vermelho; e não ficou um só gafanhoto em todo o Egito. 20 Porém o Senhor fez com que o rei continuasse teimando, e este não deixou que os israelitas fossem embora.
(Êxodo 10:1-20 NTLH)
A praga dos gafanhotos destruiu toda a vegetação que havia sobrado da devastadora chuva de pedras e demonstrou que Deus tem controle absoluto sobre todos os elementos da natureza.
Hoje ainda se encontram no Oriente países que são assolados pelos gafanhotos a cada cinco ou dez anos. Gafanhotos que são descritos por Joel como o “exército de DEUS“. Eles realmente deslizavam pelas paredes e encobriam a terra em questões de segundos.
A questão aqui é que faraó foi anunciado por Moisés sobre a vinda desses gafanhotos, e novamente a região de Gósen ficou livre.
Os escritos falam que os gafanhotos foram trazidos por um forte vento oriental; em geral, eles são trazidos mesmo por vento, já que não podem voar longe sem ele. Neste caso, um vento oriental os teria trazido do norte da Arábia, região onde com frequência esses insetos proliferam. Isso seria algo excepcional, uma vez que os gafanhotos que invadem o Egito, partem do sul da Líbia ou da Etiópia, ou seja, respectivamente do sudoeste ou do sul. O fato de o vento ter soprado um dia e uma noite inteiros antes de os gafanhotos chegarem ao Egito, sugere que percorreram uma distância considerável. Eles vieram e devoraram o que sobrou da peste anterior.
(Gafanhotos geralmente vem do sul da Líbia (sudoeste) e Etiópia (sul) do Egito. Mas estes em especial vieram do oriente, da Arábia Saudita (leste).)
A praga dos gafanhotos significava uma derrota dos deuses que, segundo se pensava, garantiam abundante colheita. Novamente aqui o deus Shu e a Ísis a deusa da vida e da natureza, foram humilhados perante o poder de Deus.
Esta praga desafiou Min, deus da fertilidade e protetor das colheitas. Como os gafanhotos comeram toda a plantação, onde será que estava Min que não viu isto?
O juízo divino era mais uma demonstração de que a crença egípcia em deuses que, se supunha, garantiam abundante colheita, eram falsos. Deus encheu o ar e a terra de gafanhotos e os deuses egípcios (Xu – deus do ar e Sebeque – deus-inseto) não puderam fazer nada para impedir.
- 9°- Três dias de TREVAS sobre o Egito
21 Então o Senhor Deus disse a Moisés:
— Levante a mão para o céu a fim de que em todo o Egito haja uma escuridão tão grossa, que possa até ser tocada.
22 Moisés levantou a mão para o céu, e durante três dias uma grande escuridão cobriu todo o Egito. 23 Os egípcios não podiam ver uns aos outros, e naqueles dias ninguém saiu de casa. Porém em todas as casas dos israelitas havia claridade.
(Êxodo 10:21-23 NTLH)
Alguns comentaristas sugerem que um eclipse do sol causou a intensa escuridão. Porém, um eclipse jamais poderia produzir uma escuridão que durasse três dias.
Outros sugerem que foram os gafanhotos que causaram a escuridão, mas os gafanhotos vieram bem antes da escuridão.
Outros atribuem às cinzas de um vulcão, mas a grande maioria dos intérpretes crê que o milagre foi produzido pelo hamsin, uma tempestade de areia do deserto que ocasionalmente sopra sobre o Egito e cobre a terra com uma escuridão fora do comum. Isso se deve às densas nuvens de areia fina que o vento carrega consigo e que interceptam a luz do sol, provocando uma escuridão bem mais profunda que as piores neblinas. Tempestades de areia no limite do deserto índico, por exemplo, fizeram um dia claro escurecer por meia hora como se fosse uma noite sem luar saturado de finas partículas de areia.
Mesmo DEUS usando as forças da natureza, natureza esta que Ele criou, estas pragas se revelaram extremamente sobrenaturais, pois DEUS estava no controle de todas, e os escravos hebreus não eram atingidos por elas.
O deus sol Rá, tinha sido o principal deus no Egito por séculos, e todo rei (faraó) chamava a si mesmo de “filho de Rá“. Na época de Moisés, esse deus era identificado com Amon e tinha o nome de Amon–Rá. Os maiores templos que o mundo já viu foram construídos em sua honra, e um deles, o grande templo em Karnak, no alto Egito, ainda é magnificente, mesmo em ruínas.
Outro deus era o disco sol Aton, que poucas décadas depois do êxodo se tornou o deus supremo do sistema religioso egípcio.
Por ocasião da nona praga, a completa impotência desses deuses estava demonstrada claramente aos seus adoradores.
- 10°- Morte dos PRIMOGÊNITOS
4 Então Moisés disse ao rei:
— O Senhor Deus diz: “Perto da meia-noite eu vou passar pelo Egito, 5 e no país inteiro morrerá o filho mais velho de cada família, desde o filho do rei, que é o herdeiro do trono, até o filho da escrava que trabalha no moinho; morrerá também a primeira cria dos animais. 6 Em todo o Egito haverá gritos de dor, como nunca houve antes e nunca mais haverá. 7 Mas, entre os israelitas, nem mesmo um cachorro latirá para uma pessoa ou um animal. E assim vocês ficarão sabendo que o Senhor faz diferença entre os egípcios e os israelitas.”
8 E Moisés continuou:
— Então todos estes seus funcionários virão me procurar e se ajoelharão diante de mim, pedindo que eu vá embora e leve todo o meu povo. Depois disso eu sairei.
Moisés saiu muito zangado da presença do rei. 9 Então o Senhor Deus disse a Moisés:
— O rei não vai dar atenção a vocês para que eu possa fazer coisas espantosas no Egito.
10 Moisés e Arão fizeram todas essas coisas espantosas diante do rei do Egito. Porém o Senhor fez com que o rei continuasse teimando, e este não deixou que os israelitas saíssem do país.
(Êxodo 11:4-10 NTLH)
29 À meia-noite, o Senhor Deus matou os filhos mais velhos de todas as famílias do Egito, desde o filho do rei, que era o herdeiro do trono, até o filho do prisioneiro que estava na cadeia; e matou também a primeira cria dos animais. 30 Naquela noite o rei, os seus funcionários e todos os outros egípcios saíram da cama. É que em todo o Egito havia gente chorando e gritando, pois em todas as casas havia um filho morto. 31 Nessa mesma noite o rei mandou chamar Moisés e Arão e lhes disse:
— Saiam daqui, vocês e todos os outros israelitas! Deixem o meu país. Vão adorar a Deus, o Senhor, como vocês pediram. 32 Peguem as suas ovelhas e cabras e o seu gado e vão embora. E peçam a Deus que me abençoe.
33 Os egípcios insistiram com os israelitas para que saíssem do país o mais depressa possível. Eles diziam:
— Se vocês não saírem, todos nós morreremos!
34 Assim, cada família israelita pegou a massa de pão sem fermento, pôs numa bacia, embrulhou a bacia num pano e carregou no ombro. 35 Os israelitas fizeram como Moisés havia ordenado e pediram aos egípcios joias de prata e de ouro e roupas. 36 O Senhor Deus fez com que os egípcios dessem de boa vontade aos israelitas tudo o que eles pediam. Assim o povo de Israel tomou as riquezas dos egípcios.
(Êxodo 12:29-36 NTLH)
A morte dos primogênitos (primeiro filho homem de alguém, pessoa ou animal) do Egito provavelmente resultou na maior humilhação para os deuses e deusas egípcios.
DEUS mostrou a ineficácia dos deuses falsos do Egito, e por conseguinte, dos demais deuses, santos, ou outros, feitos pela mão do homem. O Faraó tinha a pretensão de ser adorado, de ser uma divindade e o primogênito do governante era, em potencial um faraó, pois era o herdeiro do trono.
Deus demonstrou a falsa deidade de Faraó e seu filho.
O DEUS dos hebreus demonstrou que não era apenas o DEUS que comandava a natureza, mas também era o SENHOR que controlava a vida (os que Lhe obedeceram pintaram com sangue de carneiro os umbrais da porta) e o Anjo da Morte (os que não pintaram, não demonstrando fé em DEUS, tiveram seus primogênitos mortos).
Perceba que faraó foi avisado e poderia ter evitado todas as mortes.
Antes de chegar lá, DEUS deu a faraó nove avisos de Sua força e poder. Nove!
O faraó vivenciou estes nove avisos na pele, um a um; viu o seu povo sofrer, sua mulher e filho. Sabia que a maioria das pragas aconteciam esporadicamente no Egito, mas não com tal intensidade e com avisos prévios.
Poderia ter evitado libertando o povo cativo.
Os hebreus estavam no Egito, e alguns haviam se casado com egípcios. O próprio libertador Moisés, fora criado no palácio de faraó como membro da família, e aqueles que creram em DEUS, muito provavelmente fizeram como Moisés ordenara.
Ísis e Osíris, deuses da vida e mesmo faraó, deus na terra, foram completamente humilhados, nem mesmo eles não conseguiram impedir a morte dos primogênitos.
Ninguém, no panteão egípcio se apresentou para enfrentar Deus.
A décima praga foi um ataque a todo o Egito e ao seu futuro.
O primeiro filho era o herdeiro principal e o sinal da continuidade dos pais.
Deus mostrou que Ele tem poder até sobre a vida e o futuro.
- OS OBJETIVOS DAS PRAGAS NO EGITO:
DEUS só fez uso das pragas porque tinha alguns objetivos:
Tornar-Se conhecido por faraó
Assim diz o Senhor: Nisto você saberá que eu sou o Senhor: com a vara que trago na mão ferirei as águas do Nilo, e elas se transformarão em sangue.
(Êxodo 7:17 NVI)
Tornar-Se conhecido por todos os hebreus
Farei com que vocês sejam o meu povo e eu serei o seu Deus. Vocês ficarão sabendo que eu sou o Senhor, seu Deus, o Deus que os vai livrar da escravidão no Egito.
(Êxodo 6:7 NTLH)
Tornar Seu nome conhecido por todos os povos da terra
Mas estou deixando que você viva para mostrar a você o meu poder e para fazer com que o meu nome seja conhecido no mundo inteiro.
(Êxodo 9:16 NTLH)
Libertar os hebreus da escravidão
Então o Senhor disse:
— Eu tenho visto como o meu povo está sendo maltratado no Egito; tenho ouvido o seu pedido de socorro por causa dos seus feitores. Sei o que estão sofrendo. Por isso desci para libertá-los do poder dos egípcios e para levá-los do Egito para uma terra grande e boa. É uma terra boa e rica, onde moram os cananeus, os heteus, os amorreus, os perizeus, os heveus e os jebuseus.
(Êxodo 3:7-8 NTLH)
Mostrar a ineficácia dos deuses egípcios e da idolatria em si
Os deuses das outras nações são de prata e de ouro, são feitos por seres humanos.
Que fiquem iguais a esses ídolos aqueles que os fazem e os que confiam neles!
(Salmos 115:4,8 NTLH)
Ofertar a salvação também aos egípcios, trazendo-os da idolatria para Si
21 Se um homem mau parar de pecar, se guardar as minhas leis e se fizer o que é certo e bom, não morrerá; é certo que viverá. 22 Todos os seus pecados serão perdoados, e ele viverá porque fez o que é certo. 23 Vocês pensam que eu gosto de ver um homem mau morrer? — pergunta o Senhor Deus. — Não! Eu gostaria mais de vê-lo arrepender-se e viver.
27 Quando um homem mau para de pecar e faz o que é certo e bom, ele salvou a sua vida. 28 Ele compreendeu o que estava fazendo e deixou de pecar; por isso, é certo que ele não vai morrer, mas continuará a viver.
(Ezequiel 18:21-23,27-28)
Muitos aceitaram a DEUS e saíram da idolatria e do Egito junto com os hebreus:
Com eles foram muitas outras pessoas, e também muitas ovelhas e cabras, e muito gado.
(Êxodo 12:38 NTLH)
Impressionados com o grande poder de DEUS, deixaram para trás sua antiga vida.
O Êxodo foi a libertação da escravidão do povo hebreu do domínio egípcio.
Este evento é uma prefiguração que aponta para uma libertação muito maior realizada por Jesus Cristo – a libertação do pecado.
Da mesma maneira como Deus conduziu Seu povo no passado, “com mão forte”, Ele também deseja nos conduzir à Jerusalém celestial. Por isso devemos caminhar humildemente com Deus, hoje, e todos os dias, e quando Cristo voltar, estaremos com Ele por toda a eternidade!
- Referências:
Egito – Terra dos Faraós – Olavo Leonel Ferreira – Ed. Moderna;
Os Deuses do Egito – Claude traunecker – UNB;
O Êxodo Hebreu – Emanuel O. Araújo – Ed. Ebrassa;
Bíblia Sagrada Online: https://www.bible.com/pt/
Deixe um comentário