Pensando em Deus

Reconhecendo, se protegendo e desmascarando as seitas.

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Paixão por Santidade VS Orações Passivas

Posted by thimax77 em 22/04/2011

John Piper

Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. S e o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. (Mateus 5:28-29)

Quando você se encontra sexualmente excitado, você luta contra sua própria mente e diz não às imagens e então trabalha com ardor para substituí-las com contra-imagens que dizimam as imagens sedutoras? “Porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” (Romanos 8:13). Muitas pessoas pensam que elas lutaram contra a tentação quando oram por livramento, e esperam que seu desejo simplesmente desapareça. Isto é muito passivo. Sim, Deus trabalha em nós para fazer com que desejemos e cumpramos a sua boa vontade! Mas o efeito é “efetuai a vossa salvação com temor e tremor” (Filipenses 2:12-13). Arrancar fora seu olho talvez seja uma metáfora, mas significa algo realmente violento. O cérebro é um “músculo” que deve ser exercitado pela pureza, e no cristão ele está sobrecarregado com o Espírito de Cristo.

O que isto significa é que não devemos dar ao impulso sexual mais do que cinco segundos antes de levantarmos um forte contra-ataque com a mente. Isso mesmo! Cinco segundos. Nos dois primeiros nós gritamos: “NÃO! Saia da minha cabeça!” Nos próximos dois segundos imploramos: “Ó Deus, no nome de Jesus, ajude-me. Me salva nesta hora, Eu sou teu”.

Bom começo. Mas então a verdadeira batalha começa. Trata-se de uma batalha mental. A necessidade absoluta é lançar fora de sua mente a imagem ou impulso. Como? Acrescentando à sua mente uma contra-imagem. Lute. Soque. Chute. Não desista fácil. Tem de ser uma imagem tão poderosa que qualquer outra imagem não permanecerá. Existem imagens e pensamentos destruidores de luxúria.

Por exemplo, você já alguma vez demandou de sua mente, nos primeiros cinco segundos de tentação, que ela olhasse firmemente para Jesus Cristo quando crucificado? Imagine isto. Inesperadamente lhe vem à mente uma garota o convidando a ir adiante com mais uma fantasia. Você tem cinco segundos. “Não! Saia da minha mente! Deus me ajude!”. Agora, imediatamente, demande que sua mente – você pode fazer isso pelo Espírito (Romanos 8:13). Demande que sua mente fixe sua contemplação sobre Cristo na cruz. Use todo seu poder de imaginação para ver suas costas dilaceradas. Trinta e nove chicotadas deixaram pouca carne intacta. Ele se arrasta contra a haste vertical da cruz a cada nova respiração. Cada novo fôlego prende lascas da madeira em sua carne dilacerada. O Senhor suspira. De tempos em tempos ele geme com toda aquela dor insuportável. Ele tenta se afastar da madeira e os sólidos pregos introduzidos em seu pulso rasgam os ligamentos nervosos; e, gemendo novamente com agonia, ele se empurra para cima com seus pés para levar um pouco de alívio aos pulsos. Mas os ossos e nervos de seus pés esmagam uns aos outros e com angústia ele geme ainda outra vez. Não há descanso. Sua garganta está seca pelos brados e pela sede. Ele perde o fôlego e pensa estar sufocando, e então, repentinamente e de forma involuntária, seu corpo suspira em busca de ar e todos os ferimentos se unem em dor. No tormento ele esquece da coroa com espinhos de cerca de duas polegadas e em desespero move sua cabeça para trás, apenas para bater um dos espinhos perpendicular a haste da cruz que o empurra pela metade em seu crânio. Sua voz alcança um arremesso soprano de dor e soluços se quebram ante seu corpo mergulhado no sofrimento, a medida que cada clamor traz mais e mais dor.

Agora, não estou mais pensando na garota. Estou no Calvário. Estas duas imagens não são compatíveis. Se você usar a força de seu cérebro para criar – violentamente criar com o músculo da sua mente – imagens de Cristo crucificado com a mesma criatividade que você usa para criar fantasias sexuais, definitivamente você as vencerá. Mas isso deve ocorrer nos primeiros cinco segundos – e não desista.

Então a minha pergunta é: você luta, ao invés de apenas orar, esperar e tentar evitar? É imagem contra imagem. Trata-se de uma batalha mental cruel e brutal, não apenas oração e espera. Junte-se a mim nesta batalha sangrenta para manter minha mente e corpo puros para o meu Senhor, minha esposa e minha igreja. Jesus sofreu além do que podemos imaginar para “purificar por meio de si um povo para sua possessão” (Tito 2:14). Cada um de seus brados e espasmos foi para matar minha luxúria – “Levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça” (1 Pedro 2:24).

Buscando a pureza de coração a todo custo,

http://www.monergismo.com/

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Opressão e possessão

Posted by thimax77 em 11/12/2010

Fonte: Revista de Estudos Bíblicos Aleluia.

A ação de Satanás para atingir os filhos de Deus não é novidade para nós, cristãos. A Palavra está repleta de versículos e relatos que falam acerca das constantes tentativas do diabo de derrotar os salvos.

Jesus preparou seus discípulos para que tivessem vitória na luta
contra o inimigo, Mt 26: 41. Neste estudo vamos analisar dois assuntos
de grande interesse relacionados à batalha espiritual: opressão
e possessão demoníaca.

São estratégias do inimigo para ir assumindo o controle
da vida das pessoas.

I – OPRESSÃO

Opressão é a presença de demônios em determinados ambientes e sua influência direta sobre as pessoas. Há no Novo Testamento diversas referências à opressão demoníaca, Lc 4: 18; At 10: 38. As forças do mal invadem o local e o tornam pesado e carregado. Os demônios assediam as pessoas que moram ou freqüentam aquele lugar, exercendo pressão sobre elas e, muitas vezes, as levam à exaustão e à depressão. Essa invasão maligna só ocorre quando se dá lugar à ação do diabo.

a) Os demônios procuram nossos pontos mais vulneráveis. Com isso, enfraquecem nossa resistência moral e espiritual. Eles trazem a preguiça, o desânimo, as incertezas, a indiferença, a desobediência, etc. Para trazer males à igreja, o inimigo procura agir com freqüência na família. E muitas abrem as portas para o tentador. Quantas que, quando se reúnem, o que mais gostam de fazer é falar mal dos outros. São lares onde as palavras são instrumentos de destruição, ao invés de bênção e edificação.

b) Todos os seres humanos, inclusive o crente, estão sujeitos à opressão. A opressão pode atingir qualquer área da vida. As mais afetadas são as seguintes:

* moral, levando à mentira, prostituição, roubos, assassinatos, etc;

* física, causando enfermidades e doenças.O diabo oprimiu Jó e, mediante permissão de Deus, trouxe-lhe enfermidade. No entanto, nem todas as enfermidades e doenças são de origem maligna;

* material, levando o homem à obsessão por bens, dinheiro, cargos, etc;

* espiritual, induzindo à idolatria, à prática de ocultismo.

c) Como obter vitória? O crente que luta contra essa ação do maligno é vencedor, porque seus pés estão firmados na Rocha Eterna, Sl 40: 2. A maneira que Jesus ensinou para vencermos o maligno é atacá-lo pela oração, jejuns e proclamação da Palavra, destruindo suas armas de engano e tentação demoníacas, Mt 17: 21.

II – POSSESSÃO

Se a opressão é a presença de demônios em torno da pessoa, a possessão é a presença de um ou mais demônios dentro dela, Mc 5: 9-13. A opressão opera de fora para dentro, já a possessão, de dentro para fora. É sinal de que o diabo alcançou grande domínio sobre a vida da pessoa.

a) Demônios controlam reações. Quando os demônios não apenas dominam o ambiente, mas passam a controlar uma pessoa, existe um típico caso de possessão. Em Mc 5: 1-20 há um exemplo disso. O homem andava sempre nu, Lc 8: 27, de noite e de dia clamando entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras. Quando uma pessoa está possessa, ela perde o controle de si mesma. O homem gadareno (Marcos 5) tinha o corpo dominado e usado por demônios, vv. 1-4; perdera a sensibilidade física (não sentia dor, frio, fome), v. 5, bem como o controle das faculdades: voz, ação, locomoção, vv. 6-7. No entanto, depois de libertado por Jesus, foi encontrado assentado, vestido e em perfeito juízo. Outros casos de possessão demoníaca podem ser vistos em Mc 9: 17-27; Mt 9: 32, 33; 12: 22. Alguns deles estão ligados a enfermidades.

b) Opressão e possessão podem atingir o crente?

* Quanto à opressão, o crente deve estar atento, pois o inimigo vai persegui-lo a cada dia, a cada esquina, a cada passo, para tentar derrubá-lo ou desviar de seu propósito de busca de santidade e da consequente comunhão com o Senhor. Ele anda ao derredor. Apenas ao derredor.

* Quanto à possessão, Ef. 1: 13 diz que o verdadeiro crente é selado com o Espírito Santo e a Palavra também ensina que luz e trevas não têm como coexistir, Jo 8:12; 1:5; 12:46. O crente tem um só Senhor vivendo em seu coração e dirigindo sua vida. Assim, onde a luz entrou, as trevas desapareceram. Quando o Espírito Santo entra na vida do cristão, transforma seu caráter e seu estado anterior de trevas, substituindo-os pela luz. Neste caso, a presença do Espírito Santo no crente, afasta a possibilidade de que as trevas tornem a dominar sua vida material e espiritual, At 26:18.

Na verdade, nossa batalha contra falhas pessoais e aberturas de brechas para que o inimigo possa atirar uma seta deve ser constante. Que nossas atitudes e as palavras que proferimos venham a se constituir em bênção a todos, Ef 4: 29; que confessemos a vitória, Fp 4: 3; que vigiemos e oremos em todo tempo, Mc 14: 38; Lc 22: 40.

Maior é o que está em nós. Deus nos chamou para abençoar a todos indistintamente. Abençoar é declarar o bem das pessoas, crendo que Deus endossará as nossas palavras. Abençoar é clamar a Deus em nosso benefício ou de alguém, Nm 22: 6.

III – A VITÓRIA EM CRISTO, Fp 3: 12-14

Cristo libertou-nos para que pudéssemos apresentar a Deus, voluntariamente, nossa adoração, reverência, fé, amor e esperança. Jesus nos devolveu a alegria de uma comunhão sincera com Deus. Nosso espírito está livre. Nossa alma, outrora escravizada pelo inimigo, estava oprimida, desfalecida. Contudo, agora, liberta por Deus, ela libera:

* a força do seu intelecto. Servimos a Deus com inteligência, Rm 12: 2;

* a força emotiva. Antes, chorávamos de tristeza; agora choramos de alegria pela presença de Jesus, Sl 126: 3;

* a força da memória. Esquecemo-nos do que ficou para trás, prosseguindo para o alvo da nossa vocação, isto é, do chamado por Deus, Fp 3: 13;

a força da consciência, fazendo tudo para agradar a Deus, de livre e espontânea vontade, 1Jo 3: 22;

* a força do seu raciocínio, meditando e agradecendo a Deus pela grande salvação e libertação oferecidas por Jesus Cristo, Hb 2: 3.

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Soberania Divina e Autocompatibilidade

Posted by thimax77 em 08/12/2010

Por Vincent Cheung

O Deus soberano contradiz a ideia de que o homem exercita o livre-arbítrio no que diz respeito a qualquer assunto, incluindo-se a salvação. A soberania divina e a liberdade humana são mutuamente excludentes. Afirmar uma delas significa negar a outra. Por consequência, a pessoa que insiste em ter aceitado Cristo por causa do livre-arbítrio, e não por causa da escolha soberana de Deus e de sua ação direta na alma, é incapaz de asseverar ao mesmo tempo o Deus soberano. Pelo fato de o único Deus apresentado na Bíblia ser absolutamente soberano, a pessoa que assevera o livre-arbítrio humano é incapaz de sustentar a crença em Deus sem contradição.

Alguns teólogos percebem esse dilema, e dessa forma escolhem crer em uma contradição. No entanto, isso faz com que pareçam estúpidos, e alguns deles não conseguem tolerar a humilhação. Assim eles inventam uma saída, e dizem que a soberania de Deus é “compatível” com a escolha humana. Às vezes afirmam até que a soberania divina é compatível com a “liberdade” humana no sentido de que o homem não é coagido ao fazer uma escolha, e sim que ele escolhe de acordo com o próprio desejo.*

É claro que o homem faz escolhas, mas o que o leva a escolher? Qual é a metafísica da escolha humana? E qual é a explicação metafísica do seu desejo? Se Deus é totalmente soberano, então ele também decide e causa a escolha e o desejo humanos. E se Deus é quem decide e causa a escolha e o desejo do homem, logo dizer que a soberania divina e escolha humana são compatíveis equivale apenas a afirmar que Deus é compatível consigo mesmo. Mas já sabemos disso, e o homem ainda não é livre.

A escolha humana é irrelevante, pois ela surge debaixo da soberania divina. Dizer que o homem não é coagido implica apenas em declarar que nesse caso Deus não faz um efeito do seu poder se chocar com outro efeito do seu poder, como acontece quando ele faz dois objetos colidirem. Contudo, se não há contradição quando Deus faz dois objetos colidirem, então mesmo a coação não acarreta nenhuma contradição. Isso poderia significar apenas que ele faz uma pessoa desejar uma coisa e escolher outra, enquanto o próprio Deus permanece compatível consigo mesmo. Qual seria o problema com isso?

De fato, a soberania absoluta de Deus e a responsabilidade moral do homem são compatíveis. Talvez seja por isso que os teólogos estejam tão incomodados. No entanto, o homem é moralmente responsável apenas pelo fato de Deus ter decidido fazer com que ele preste contas de seus atos. Isso não possui ligação necessária com a escolha ou a liberdade. Nem mesmo a coação elimina a responsabilidade. O que uma tem que ver com a outra? A responsabilidade moral do homem depende da soberania absoluta de Deus, e de nada mais. Portanto, dizer que o home é responsável, mais uma vez, significa afirmar apenas que Deus é compatível com ele mesmo.

Então permanece a incompatibilidade entre a soberania divina e a liberdade humana. Para que o homem seja livre em qualquer sentido relevante, ele deve ser livre de Deus, e se ele for livre de Deus em qualquer sentido e grau, Deus não é então totalmente soberano. Rejeita-se o Deus da Bíblia.

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Casamento Gay

Posted by thimax77 em 06/12/2010

Por Vincent Cheung

Casamento “gay”, certamente, significa casamento feliz [Nota do tradutor: no inglês, a palavra gay pode significar alegre]. Contudo, o debate que está acontecendo quase debaixo da rua de onde estou digitando esta mensagem, é sobre casamento homossexual. Talvez no futuro eu escreva sobre o homossexualismo com detalhes, seja num livro ou num artigo. Aqui explicarei somente a direção geral do meu pensamento sobre este assunto.

Até mesmo muitos cristãos que são contra o casamento homossexual, são ávidos em insistir que eles não querem discriminar os homossexuais e, portanto, eles não têm problemas com a “união civil”. Mas eu não faço esta concessão tão prontamente.

Sodomia tem sido uma ofensa criminosa em alguns Estados. Alguns de vocês provavelmente ouviram como policiais capturaram dois homens homossexuais no ato de sodomia no Texas, e lhes acusaram de sodomia. Os homens foram absolvidos porque a corte disse que a lei não deveria interferir em atos pessoais e consensuais entre adultos. Eu não estou familiarizado com os detalhes do caso, mas os detalhes não são importantes –– meu ponto é que o homossexualismo é tecnicamente ainda um crime em alguns lugares, e dizer que o homossexualismo deveria ser considerado um crime não seria inteiramente novidade.

O Antigo Testamento considera o homossexualismo não somente como uma ofensa criminosa, mas também como uma ofensa capital, merecedora de morte. Eu concordo com esta categorização e com esta punição, e há pelos menos uns poucos outros teólogos que também concordam com isto. Isto é apenas dizer que estamos de acordo com a Bíblia sobre o assunto. Assim, os cristãos não deveriam discutir tão apressadamente o casamento e a união civil entre homossexuais. O que eu quero discutir com o incrédulo é, em primeiro lugar, o porquê o homossexualismo não é um crime.

É porque ele é um ato ou um relacionamento entre dois adultos em consentimento? Primeiro, o que é um adulto? O Estado define arbitrariamente o adulto, de forma que uma pessoa de 17 anos de idade não conta. Segundo, por que o ato ou o relacionamento é permitido, se for entre adultos em consentimento? Isto é, antes de mais nada, por que a premissa é verdadeira? Terceiro, visto que todos os argumentos devem, no final das contas, escalar ao nível pressuposicional, devo perguntar finalmente se o ato ou relacionamento tem ou não o consentimento de Deus.

É porque o ato ou relacionamento não fere ninguém? Primeiro, qual é a definição de “ferir”? Se eu disser que o homossexualismo me causa nojo e tira o meu apetite, e, assim, que perco uma degustação perfeitamente deliciosa das coxas de galinha que minha esposa preparou para mim, isto não conta? Por que ou por que não? Ele me “fere” num sentido, não fere? Se ele rouba meu apetite, desperdiça o tempo da minha esposa e desaponta as coxas de galinhas que esperaram tanto tempo no forno, e tudo isto não conta como um “ferir”, então, sobre que tipo de ferir vocês estão falando? Eles devem definir e então defender a definição. Segundo, por que o ato ou o relacionamento deveria ser permitido, conquanto que ele não “fira” alguém? O que faz disto o padrão? E, este é o único padrão de moralidade, ou este é o único assunto para se determinar se o homossexualismo é certo ou errado? Por que ou por que não? Nós poderíamos continuar e continuar, mas como em qualquer outro assunto, o incrédulo não pode dar um só passo além do que lhe permitimos, visto que ele não tem justificativa para nenhum dos passos em seu processo de raciocínio.

Novamente, minha posição não é apenas que os homossexuais não devem se casar, mas que o homossexualismo é um crime, assim como o assassinato ou roubo, de forma que mesmo antes de considerar a união civil, devemos considerar o punir ou não aos homossexuais, com as possíveis punições, abrangendo desde a prisão à execução. Moralmente falando, a união civil e o casamento não deveriam nem sequer aparecer na lista de opções. Mesmo que a moralidade bíblica não requerisse castigo ou execução para o homossexualismo, certamente nenhum cristão deveria argumentar que os homossexuais têm o direito de ter união civil. Mas parece que a maioria dos cristãos não está suficientemente incomodada ou desgostosa com o homossexualismo.

Assim, por que o homossexualismo não é um crime? Por quê? Se eu permitir que a Bíblia defina o que é um crime e o que não é um crime, então, como eu posso não definir o homossexualismo como um crime? Mas, uma vez que alguém perguntar o porquê devo me submeter à definição da Bíblia, então, devemos ir além de uma confrontação sobre o homossexualismo somente, e entrar numa confrontação pressuposicional concernente às nossas diferentes cosmovisões. Assim, um debate ainda mais fundamental e produtivo poderá começar, e é um debate que podemos e devemos ganhar sempre.

Assim como em outros assuntos relacionados à apologética, os cristãos tendem a conceder muito terreno antes de traçar a linha delimitatória e permanecer firme. Assim, vigiem a si mesmos quando conversarem com incrédulos. Não conceda terreno nem permita premissas que você não tenha que conceder ou permitir. Embora as leis da nação possam não mudar para refletir o padrão bíblico, quando diz respeito a debates intelectuais sobre o assunto, não precisamos abrir mão de nada.

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Loterias e Apostas

Posted by thimax77 em 15/08/2010

R.C. SproulPor R.C. Sproul

Pergunta: Existe uma posição bíblica clara contra loterias e jogos em cassinos?

Resposta: Se há uma proibição bíblica explícita e direta contra jogos no cassino ou contra loterias? Não que eu saiba.
Entretanto, a igreja cristã tem assumido uma posição consistentemente desfavorável contra os cassinos e loterias, baseada nas implicações de certos princípios teológicos. Por exemplo, na igreja em que fui ordenado ministro, parte de nossa posição confessional é que devemos seguir não apenas o que a Bíblia ensina explicitamente, mas o que pode ser deduzido das Escrituras por inferência clara e necessária. A Bíblia tem princípios claros que se referem a questões como essas. O mais importante, sem dúvida, é o princípio da mordomia, pelo qual sou responsável por agir como mordomo de minhas posses, inclusive minha riqueza e por não ser esbanjador e irresponsável na maneira como gasto meu dinheiro.

O maior problema que tenho com cassinos, e particularmente com loterias, é que eles tendem a ser investimentos muito medíocres, e inevitavelmente exploram os pobres da sociedade. O pobre sonha em melhorar seu bem-estar material. Ele sonha em possuir casa e um bom carro. Sonha em ser libertado das infindáveis e opressivas tarefas do trabalho diário com remuneração muito pequena. Sendo um trabalhador que recebe um pagamento baixo por horas de serviço, ou que depende de um cheque da Previdência Social, ele não terá nunca oportunidade de acumular dinheiro suficiente para construir uma base sólida ou investir no futuro. Sua única possibilidade de conseguir segurança financeira ou melhorar sua situação é apostar nos números e apostar alto nos cassinos. Ele usará seu dinheiro e esperará ganhar o prêmio milionário. Esse é o seu sonho. Mas ele não tem uma compreensão real de como o sistema funciona, e quão grandes são as desvantagens contra ele.

Passamos por essa luta no estado da Pensilvânia quando eu morava lá e todos estavam preocupados com crime organizado e tudo mais. O crime organizado já existia lá. Quando eu era menino, já havia uma loteria na Pensilvânia. Não era estatal, era dirigida pela Máfia, e podia-se comprar um número em quase todas as esquinas de Pittsburgh. O fato que me espantou foi que quando o estado assumiu a loteria para benefício de cidadãos importantes, as dificuldades para ganhar no sistema estatal eram piores do que as que existiam no sistema da Máfia. Portanto vi o estado tirando vantagem do desejo das pessoas de ficarem ricas depressa, e explorando o pobre através dessa terrível forma de investimento.

Pergunta: Qual deveria ser a posição cristã sobre apostas?

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Tatuagens: o que a Bíblia diz?

Posted by thimax77 em 15/08/2010

Por Ra McLaughlin

Pergunta: O que a Bíblia diz sobre tatuagens?

Resposta: Levítico 19:28 condena tatuagens no Israel antigo. Essa proibição fazia parte do “código de santidade”, uma seção extensa de Levítico dedicada a leis que foram dadas a Israel para distinguir o povo das nações ao redor deles. Os gentios usavam tatuagens, portanto, Israel não deveria usá-las para fornecer uma demonstração visível do fato que Israel era “santo” (isto é, separado como povo especial para Deus). A partir do contexto de Levítico 19:28, parece que as tatuagens especificamente proibidas eram aquelas recebidas como parte de uma cerimônia pagã, embora alguns pensem que é uma proibição ampla contra todas as tatuagens. Contudo, quando Cristo veio, ele derrubou a parede divisória entre judeus e gentios (Ef. 2:12ss.). Especificamente, isso significa que as leis que foram dadas para separar Israel do restante das nações são agora contraproducentes se aplicadas na mesma forma que o Israel antigo as observava.

Devemos adaptar nossa aplicação da Lei para seguir o seu propósito original à luz das mudanças que Cristo trouxe. Considere o exemplo da circuncisão. Essa estipulação distinguia Israel dos cananistas na Terra Prometida. Mas o Novo Testamento nos ensina claramente que ser santo para Deus não mais requer ser circuncidado (e.g. Rm. 2; Gl. 2; 5). A circuncisão era um símbolo exterior de dedicação a Deus. Mas esse símbolo exterior, dividindo povos ao longo de linhas raciais, não é mais útil. O povo de Deus procede de toda nação, e os símbolos de santidade que devemos carregar agora são um coração puro (e.g. Rm. 2:28-29, que também era requerido no Antigo Testamento) e o batismo (que não tem quaisquer conotações raciais, e substituiu a circuncisão como o sinal do pacto; Cl. 2:11-12). Ora, isso não é dizer que tudo o que aparece no “código de santidade” pertence somente a tal separação – há outros fatores em ação também, tais como os morais (a moralidade de Israel era para ajudá-la a se distinguir das outras nações).

Se alguém está convencido que as tatuagens eram uma questão moral, então tal pessoa deve se abster delas. Eu, contudo, não posso pensar em nenhuma razão para a tatuagem ser uma questão moral – certamente a Bíblia não declara que existem falhas morais envolvidas no uso de uma tatuagem, não importa qual seja o contexto. O caso seria muito similar aos mandamentos que não devemos cortar o cabelo em redondo ou danificar as extremidades da barba (Lv. 19:27). Essas são práticas inocentes em si mesmas. Elas eram erradas no antigo Israel por causa de sua associação com práticas pagãs (tais como adivinhação, rituais de morte, prostituição cúltica, etc; cf. Lv. 19:26-31). Se essas ações não possuem associações perversas em nosso tempo, não existe nenhuma razão para proibi-las.

Fonte: http://www.thirdmill.org/

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Felicidade

Posted by thimax77 em 15/08/2010

Por Drº Gordon Haddon Clark

“Felicidade” (eudamonia, de onde derivamos eudemonismo2) é o termo que Aristóteles usou para designar o objetivo da vida. Ela é um fim em si mesmo, nunca um meio para algo mais: “Honrarias, o prazer, a inteligência e todas as outras formas de excelências, embora as escolhamos por si mesmas… Escolhemo-las por causa da felicidade… Mas ninguém escolhe a felicidade, visando as várias formas de honrarias ou prazer, nem como um meio para algo além dela mesma” (Nicomachean Ethics, I, vii, 1097b1-6). Embora o termo “felicidade” pareça designar um fim único, ele na verdade consiste de várias partes, todas necessárias. Dois fatores a serem escolhidos voluntariamente são aquilo que é virtuoso e a atividade racional.

As virtudes são a coragem, temperança, liberalidade, e assim por diante. A atividade racional é uma questão de estudar física, metafísica, etc. A razão é que essas são funções do homem como homem. O propósito de uma flauta é produzir música; o propósito de um peixe é produzir peixe; o propósito de um sapateiro é produzir sapatos; mas o propósito do homem como homem é viver virtuosa e racionalmente.

Existem também alguns fatores involuntários na felicidade. Uma vida de tragédia ou desgraça (mesmo desmerecida) não é uma vida feliz. Nem pode um homem ser chamado de feliz se é o seu filho quem sofre a tragédia.
Portanto, é impossível saber se um homem é feliz, até que ele tenha morrido.
A ética de Agostinho também era o eudemonismo. A vida boa é uma vida de felicidade (beatitudo, beatitas; ambos termos cunhados por Cícero).
Todos os homens desejam a felicidade (De Trinitate, X, v, 7). “Ninguém vive como desejaria, a menos que seja feliz” (De Civitas Dei, XIV, 25).

Ora, Agostinho não menosprezaria virtudes tais como coragem e temperança; nem desdenharia do pensamento racional. Na verdade, ninguém pode ser feliz sem o conhecimento da verdade. Nisso há uma similaridade com Aristóteles. Mas Agostinho substitui o secularismo de Aristóteles pelo conteúdo cristão. Deus é a verdade e conhecer a Deus é a verdadeira sabedoria. Portanto, a felicidade que Agostinho recomenda torna-se bem-aventurança ou beatitude.
De maneira mais explícita: sabedoria não é o conhecimento de algum deus pagão, nem mesmo do digamos, primeiro princípio de Spinoza. Ter sabedoria é ter Cristo.

Cristo é a verdade; Cristo é a sabedoria de Deus. Uma razão para fazer dessa verdade o objetivo dos nossos esforços é que se amamos o que podemos perder, não podemos ser felizes. Mas Deus, Cristo, e a verdade são imutáveis, e se temos isso, nossa bem-aventurança é permanente. O eudemonismo, portanto, não pode ser confundido com o hedonismo, como é algumas vezes ignorantemente feito; os dois formam um contraste.

Fonte: Essays on Ethics and Politics,
Gordon Clark, Trinity Foundation, p.
109-110

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