Manhã de Domingo, 8 de Fevereiro De 1857
Charles Haddon Spurgeon
No Music Hall, Royal Surrey Gardens, Londres
Quem pode discernir os próprios erros? Purifica-me tu dos que me são ocultos.
(Salmos 19.12)
A justiça própria deriva em parte do orgulho, mas principalmente, da ignorância da lei de Deus. Devido os homens conhecerem muito pouco ou nada do terrível caráter da lei divina, insensatamente se imaginam justos. Eles não estão conscientes da profunda espiritualidade e da rigorosa severidade da Lei, pois do contrário, teriam noções diferentes e de maior sabedoria. Se soubessem como profundamente a Lei julga seus pensamentos, cada emoção do homem interior, não haveria nenhuma criatura sob o céu, que se atrevesse a se ver como justo diante de Deus em virtude de suas próprias obras e pensamentos. Basta a Lei ser revelada a um homem, basta que veja como a Lei perfeita e quão infinitamente justa, para que sua justiça própria murche e se converta em nada. Sua justiça própria será um trapo imundo aos seus olhos, quando antes a considerava um vistoso abrigo.
Davi, tendo visto a lei de Deus, e louvando esta lei neste salvo que lemos aqui hoje, refletindo sobre a sua excelência, foi levado a fazer esta pergunta: “Quem pode discernir os próprios pecados?” E, então, ofereceu essa oração, “absolve-me dos que me são ocultos”.
O Concílio de Latrão da Igreja de Roma, Continue lendo »