As igrejas de sete cidades foram as destinatárias de uma carta apocalíptica do SENHOR escrita por intermédio de João. Através de elogios, repreensões e advertências, o povo de Deus foi exortado a permanecer fiel nas adversidades.
Cristo demonstra cuidado pelas igrejas ao dirigir-se a cada uma de acordo com as suas necessidades, com encorajamento, repreensão, exortação e promessa. Ele mostra conhecimento detalhado das mesmas. Em todas as cartas há referências a circunstâncias ou a tradições da própria cidade. Ao mesmo tempo, todas as igrejas são incluídas num chamado universal à fidelidade e perseverança até que as promessas alcancem seu cumprimento na Jerusalém celestial.
As sete igrejas do Apocalipse(Ap 1.20)
Como Jesus se apresenta
Elogio
Crítica
Instrução
Promessa
Éfeso (2.1-7)
Aquele que tem na sua mão as sete estrelas
Rejeita o mal, persevera, é paciente
O amor por Cristo não é mais fervoroso
Faça as obras que fez no início
A árvore da vida
Esmirna (2.8-11)
O Primeiro e o Último, o que foi morto e reviveu
Suporta o sofrimento graciosamente
Nenhuma
Seja fiel até a morte
A coroa da vida
Pérgamo(2.12-17)
Aquele que tem a espada afiada de dois gumes
Mantém a fé em Cristo
Tolera a imoralidade, a idolatria e heresias
Arrependam -se
O maná escondido e uma pedra com um novo nome
Tiatira (2.18-29)
O Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao bronze polido
O amor, o serviço, a fé e a paciência são melhores do que eram no início
Toleram o culto idólatra e a imoralidade
O julgamento está vindo; sejam fiéis
Governarão nações e receberão a estrela da manhã
Sárdis (3.1-6)
Aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas
Alguns têm sido fiéis
Uma igreja morta
Arrependam -se; fortaleçam o que ainda resta
Os fiéis serão honrados e vestidos de branco
Filadélfia (3.7-13)
O santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi
Persevera na fé, obedecem a Cristo, honram o seu nome
Nenhuma
Sejam fiéis
Um lugar na presença de Deus, um novo nome e a Nova Jerusalém
Laodicéia (3.14-22)
o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus
“Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.” (Apocalipse 13.18)
As pessoas esperavam o fim do mundo em 1666, que seria a soma do fim dos mil anos (quando então Satanás seria solto conforme Apocalipse 20.3), com o terrível número da besta.
Mas para decepção dos prognosticadores de plantão, o fim não veio.
Entretanto, para quem pensa que a superstição e especulação em torno do 666 ficaram restritas à Idade Média está muito enganado. Estes algarismos apocalípticos continuam em alta, principalmente nos meios religiosos. E, diga-se de passagem, que não só as seitas protestantes, mas até mesmo católicos, arriscam um palpite cabalístico em cima deste misterioso número, como podemos ver no livro do padre Léo Persch. A interpretação vem de uma tal Vassula, vidente católica, que diz receber visões e orientações de Jesus e Maria a respeito do fim dos tempos. Numa dessas interpretações ela associa o anticristo com a maçonaria:
“Com a inteligência iluminada pela luz divina consegue-se decifrar o número 666 o nome de um homem, e esse nome, indicado por tal número é o anticristo. […] O número 666 indicado três vezes , isto é, multiplicado por três, exprime o ano de 1998. Nesse período histórico, a franco-maçonaria, aliada com a maçonaria eclesiástica, conseguirá o seu grande intento…”
Contudo, a fama do 666 extrapolou os limites da religião e foi parar na boca dos profanos. “The Number of the Beast” é a faixa musical do grupo Iron Maiden. Uma música com letras satânicas. A propósito, este é o número preferido dos satanistas e virou até nome de revista em Marselha/França.
Sem dúvida, ultimamente, há muito barulho não só em torno deste número como também do nome “besta”, que no Brasil ganhou fama com um automóvel, a van, Besta, fabricada por uma montadora coreana. Já em Bruxelas um computador gigantesco que foi batizado com o mesmo nome.
Há alguns anos, a popularização do código de barras fez brilhar o imaginário religioso. Começou a divulgar nos meios cristãos que este código trazia nas extremidades e no meio de modo oculto o número 666, o qual seria marcado na mão direita dos consumidores.
Contudo, isto já é coisa do passado, foi abandonado de vez, agora a coqueluche do momento é o chamado “bio-microchip”. Criado pelo Dr. Carl Sanders, é atualmente produzido por várias empresas inclusive a Motorola para o Mondex SmartCard.
Certos periódicos afirmaram que os cientistas que trabalharam neste projeto descobriram que o melhor lugar do corpo humano para ser implantado o tal “chip” é na testa e na mão direita. Seria essa a marca da besta ou mais um boato sensacionalista? Seja como for, o caso é que esta notícia já está causando pânico em alguns meios evangélicos.
De fato muita contra-informação pode ser encontrada, especialmente na internet sobre este assunto. Apocalipse 13, tem trabalhado com o imaginário de cristãos e não cristãos desde a época pós-apostólica. Muito se tem escrito sobre isso, sem contudo, haver consenso. Este trecho foi assunto nos escritos de alguns vultos da patrística, mereceu atenção no pensamento dos reformadores e chegou até ao nosso turbulento século XIX com força total.
O caso é que para muitos isso está se transformando numa verdadeira esquizofrenia escatológica.
Até mesmo o próprio versículo que traz o número, dizem esconder o 666