Comparação doutrinária entre as seitas: Testemunhas de JeováeAdventistas do Sétimo Dia
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Atualmente, a pessoa que lesse o livro “Radiografia do jeovismo”, do adventista Arnaldo Cristianini, criticando as doutrinas da Sociedade Torre de Vigia, e depois folheasse as edições da revista “A Sentinela” de 15/5/93 e 15/7/97, refutando as doutrinas adventistas, jamais sequer imaginaria a estreita ligação doutrinária que existe entre esses dois grupos.
Entretanto, isso não se constitui surpresa porque se sabe que os adventistas do sétimo dia foram, em certo sentido, os pais espirituais das testemunhas de Jeová, já que estes saíram do movimento do advento o qual Russel se embebedou doutrinariamente.
Para muitas testemunhas de Jeová isso não passa de uma calúnia infundada, e alguns adventistas ficam muito chateados com isso. Mas as evidências são por demais contundentes para ignorarmos.
E lembre-se, amado leitor, qualquer semelhança não é mera coincidência nessa história!
“Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.” (Apocalipse 13.18)
As pessoas esperavam o fim do mundo em 1666, que seria a soma do fim dos mil anos (quando então Satanás seria solto conforme Apocalipse 20.3), com o terrível número da besta.
Mas para decepção dos prognosticadores de plantão, o fim não veio.
Entretanto, para quem pensa que a superstição e especulação em torno do 666 ficaram restritas à Idade Média está muito enganado. Estes algarismos apocalípticos continuam em alta, principalmente nos meios religiosos. E, diga-se de passagem, que não só as seitas protestantes, mas até mesmo católicos, arriscam um palpite cabalístico em cima deste misterioso número, como podemos ver no livro do padre Léo Persch. A interpretação vem de uma tal Vassula, vidente católica, que diz receber visões e orientações de Jesus e Maria a respeito do fim dos tempos. Numa dessas interpretações ela associa o anticristo com a maçonaria:
“Com a inteligência iluminada pela luz divina consegue-se decifrar o número 666 o nome de um homem, e esse nome, indicado por tal número é o anticristo. […] O número 666 indicado três vezes , isto é, multiplicado por três, exprime o ano de 1998. Nesse período histórico, a franco-maçonaria, aliada com a maçonaria eclesiástica, conseguirá o seu grande intento…”
Contudo, a fama do 666 extrapolou os limites da religião e foi parar na boca dos profanos. “The Number of the Beast” é a faixa musical do grupo Iron Maiden. Uma música com letras satânicas. A propósito, este é o número preferido dos satanistas e virou até nome de revista em Marselha/França.
Sem dúvida, ultimamente, há muito barulho não só em torno deste número como também do nome “besta”, que no Brasil ganhou fama com um automóvel, a van, Besta, fabricada por uma montadora coreana. Já em Bruxelas um computador gigantesco que foi batizado com o mesmo nome.
Há alguns anos, a popularização do código de barras fez brilhar o imaginário religioso. Começou a divulgar nos meios cristãos que este código trazia nas extremidades e no meio de modo oculto o número 666, o qual seria marcado na mão direita dos consumidores.
Contudo, isto já é coisa do passado, foi abandonado de vez, agora a coqueluche do momento é o chamado “bio-microchip”. Criado pelo Dr. Carl Sanders, é atualmente produzido por várias empresas inclusive a Motorola para o Mondex SmartCard.
Certos periódicos afirmaram que os cientistas que trabalharam neste projeto descobriram que o melhor lugar do corpo humano para ser implantado o tal “chip” é na testa e na mão direita. Seria essa a marca da besta ou mais um boato sensacionalista? Seja como for, o caso é que esta notícia já está causando pânico em alguns meios evangélicos.
De fato muita contra-informação pode ser encontrada, especialmente na internet sobre este assunto. Apocalipse 13, tem trabalhado com o imaginário de cristãos e não cristãos desde a época pós-apostólica. Muito se tem escrito sobre isso, sem contudo, haver consenso. Este trecho foi assunto nos escritos de alguns vultos da patrística, mereceu atenção no pensamento dos reformadores e chegou até ao nosso turbulento século XIX com força total.
O caso é que para muitos isso está se transformando numa verdadeira esquizofrenia escatológica.
Até mesmo o próprio versículo que traz o número, dizem esconder o 666
Todas as pessoas têm o direito de professar a religião de sua escolha. A tolerância religiosa é extensiva a todos. Isso não significa, porém, que todas as religiões sejam boas.
Nos dias de Jesus havia vários grupos religiosos: os saduceus (At. 5.17) e os fariseus (At 15.5). Os dois grupos tinham posições religiosas distintas (At 23.8).
Mesmo assim, Jesus não os poupou, chamando-os de hipócritas, filhos do inferno, serpentes,raça de víboras (Mt 23.13-15,33). O Mestre deixou claro que não aceitava a idéia de que todos os caminhos levam a Deus. Ele ensinou que há apenas dois caminhos: o estreito, que conduz à vida eterna, e o largo e espaçoso, que leva à destruição (Mt 7.13,14).
Os apóstolos tiveram a mesma preocupação: não permitir que heresias, falsos ensinos, adentrassem na igreja.
O primeiro ataque doutrinário lançado contra a Igreja foi o legalismo. Alguns judeus-cristãos estavam instigando novos convertidos à prática das leis judaicas, principalmente a circuncisão. Em Antioquia havia uma igreja constituída de pessoas bem preparadas no estudo das Escrituras (At 13.1), que perceberam a gravidade do ensino de alguns que haviam descido da Judéia e ensinavam: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podereis ser salvos (At 15.1). Tais ensinamentos eram uma ameaça à Igreja. Foi necessário que um concílio apreciasse essa questão e se posicionasse.
Em Atos 15.1-35 temos a narrativa que demonstra a importância de considerarmos os ensinos que contrariam a fé cristã. Outras fontes ameaçam a Igreja. Dentre elas, destacamos:
Guilherme Miller foi um fazendeiro americano que nasceu no ano de 1787 em Pittsfield, Massachusetts, e morreu, em Low-Hampton, em 1849. Era um pregador itinerante da Igreja Batista que, usando uma chave bíblica, começou a estudar porções proféticas e apocalípticas da Bíblia. Apaixonou-se por esse estudo de tal maneira, que passou a tirar suas próprias conclusões dos estudos.
Uma de suas características era colocar datas nas profecias bíblicas. Dessa maneira, chegou à conclusão de que os 2.300 dias de Daniel 8.13,14, começando com a data do mandamento para a restauração de Jerusalém (dado de 457 Antes de Cristo) e os 1.355 dias do mesmo profeta em Daniel 12.12, que constituíram a última parte dos 2.300 de 8.14, se completariam por volta de 1843 da nossa era. Afirmou também, de forma interpretativa, que a purificação do templo significava a purificação da terra na época da volta de Cristo. De acordo com os dias-anos de Daniel, começou a pregar que a volta de Cristo ocorreria entre 21 de março de 1843 e 21 de março de 1844. Como Cristo não voltou dentro do tempo previsto, Miller alegou erro de cálculo por ter usado o calendário hebraico em vez do romano e marcou outra data para 22 de outubro de 1844. Tendo se decepcionado novamente, teve que fugir de uma multidão enfurecida e frustrada pela inútil espera. Depois disso, cessou suas atividades, desistiu da nova religião e voltou à comunhão com a igreja Batista da qual era membro.
Enquanto estudava as profecias, Miller chegou a escrever e publicar algumas obras como: “O Grito da Meia Noite”; “Os Sinais dos Tempos“; “A Trombeta de Alarme” obras que provocaram expectativas nas pessoas e que foram muito lidas no seu tempo.
Como a base da pregação era a volta de Cristo, Miller e seus seguidores receberam o apelido de “adventistas“.
ELLEN G. WHITE
Dentre os fiéis seguidores de Miller estava a Sra. Ellen G. White que, depois de ver fracassadas outras tentativas de marcação de datas por parte de alguns adventistas remanescentes, afirmou ter tido visões dos céus que Ihes revelara toda a verdade.
A doutrina aniquilacionista defende cessação total da vida no ato da morte. A alma, princípio vital sucumbe com o corpo na sepultura. Ao descer ao pó, o homem, desaparece por completo. Todavia, segundo essa teoria, os justos ressuscitarão no tempo oportuno e voltarão à condição original de alma vivente.
O castigo dos ímpios seria o de não viverem para sempre com Jesus. A morte para estes seria realmente a separação eterna de Deus. Neste caso, não haveria os diferentes graus de castigo, segundo as obras de cada um.
“O aniquilacionismo defende que, após a morte, a alma do ímpio não será punida eternamente num inferno literal, mas, ao invés disso, simplesmente deixará de existir. O aniquilacionismo constitui um meio termo entre o universalismo indiscriminado e a doutrina cristã tradicional da condenação eterna. É defendido pelas testemunhas de Jeová, pelos adventistas do sétimo dia, pela Igreja Mundial de Deus, e muitos outros grupos religiosos em atividade atualmente” (Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, George A. Mather).
O Antigo Testamento é pouco elucidativo quanto à vida após a morte. É no Novo Testamento que vamos encontrar indicações mais claras a respeito do assunto. Comecemos pela formação do homem no Éden, onde pela primeira vez, a palavra alma é registrada:
“Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se alma vivente. Então da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou a mulher, e a trouxe ao homem” (Gn 2.7,22).
Deus criou os animais sem soprar em suas narinas e os chamou de “répteis de alma vivente [criaturas que vivem e se movem]” (Gn 1.20,21), diferentes do homem que recebeu o fôlego diretamente de Deus. Os seres humanos possuem, portanto, algo que veio diretamente da substância de Deus. A esse fôlego damos o nome de alma. Vejamos agora o significado das palavras “alma” e “espírito” no hebraico e no grego, línguas originais do Antigo e do Novo Testamento, respectivamente…